quarta-feira, 25 de abril de 2007

Voltas

os caminhos às vezes
são caminhos apenas
sem espinhos às vezes
são esperas serenas

são espinhos às vezes
as mulheres morenas
sem caminhos às vezes
são muralhas apenas

se caminho às vezes
tuas curvas externas
sou espinho às vezes
nos espaços e pernas

teus espinhos às vezes
são caminhos apenas
para a volta das pernas
minhas, tuas, mil vezes

quarta-feira, 18 de abril de 2007

I tuoi occhi non sono parole

(Retrato de Adanna por Brian Horton)



I tuoi occhi non sono parole.
La tua voce chiara
corre nelle tue vene
sfumate.
La tua bellezza bianca
suona nelle labbra
supplicanti.
Il tuo dolore rosso
cala nel nero
profondo.
Ma i tuoi occhi non sono parole.
Loro sono la realtà stessa:
La tua lingua
intimamente straniera.

Poema Suplicante

Me fala.

Me fala, que eu quero.


Quero acordar nos teus dedos.
Quero amadurecer no teu olhar.
Quero habitar na tua espinha.
Quero flutuar nos teus pulmões.
Me fala.

Quero crescer na tua língua.
Quero surgir na tua garganta.
Quero evaporar nos teus lábios.
Quero ecoar nos teus cabelos.
Me fala.

Quero eriçar-me nos teus pêlos.
Quero arfar-me no teu seio.
Quero orvalhar-me nos teus olhos.
Quero amar-me no teu corpo.
Me fala.

Me fala, que eu quero nascer.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Retrato

Sussura suavemente meu nome.
Geme, generosa, minha dor.
E nesse exercício de espelho.
Seus lábios elaboram minha imagem.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Dor é sina.


Beleza é sina.


Poesia sinaliza.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Discussão Filosófica Interesante

Discussão do filósofo Antônio Cícero sobre a questão da Modernidade e do Multiculturalismo.
Respostas a perguntas feitas pelo autor deste blog e outros comentadores:

ACONTECIMENTOS: A Controvérsia do Multiculturalismo
ACONTECIMENTOS: Comentário de Lucas e resposta a ele
ACONTECIMENTOS: Comentários de Ana e de Paulo de Toledo e resposta

Promessa

Não posso evitar
o beijo fictício de teus olhos.
Nem o confesso.
Todas as escolhas são felizes.
Os últimos, serão os primeiros.
Nosso amor será a vírgula indevida.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quadra

Isto que o coração sente
A boca nunca dirá.
Se o diz, pressinto que mente.
Se o sinto, faz-me calar.